FAQ

PERGUNTAS FREQUENTES

Autismo é um  Transtorno: Transtorno do Espectro Autista.

Outras características:

– O temperamento pode ser extremamente instável, o choro pode ser incontrolável ou inexplicável e podem ocorrer gargalhadas ou sorrisos sem causa aparente.
Também podem ser observados hábitos ou cacoetes como puxar os cabelos, morder partes do corpo, e ainda movimentos rítmicos do corpo como balançar ou se “autoninar”.

Segunda a OMS a prevalência desta desordem é muito rara (2 a 4 para cada 10.000 pessoas). Incide mais no sexo masculino na proporção de 3 meninos para 1 menina, e é cerca de cinqüenta vezes maior em irmão de crianças portadoras de doença, que na população em geral.

Retardo mental: ocorrem anormalidades do comportamento parecidas com aquelas observadas no Autismo, porém sem adversidades dos sintomas.

Esquizofrenia: notam-se comportamentos estranhos, mas os mais típicos são alucinações, delírios, associações soltas, desconexas ou incoerentes do pensamento, sintomas que se manifestam no Autismo.

Síndrome de Rett: Atinge quase que exclusivamente o sexo feminino e caracteriza-se por uma deserdem grave e precoce do desenvolvimento neurológico que leva a uma progressiva e devastadora deterioração psicomotora; Enquanto que no Autismo não há perda de funções já adquiridas (exceção de alguma perda na linguagem que pode ocorrer) nem deterioração das estruturas nervosas.

Distúrbios sensoriais (Surdez e cegueira): Surdez e cegueira na infância podem precipitar sérios problemas emocionais, a ausência de respostas aos sons observada nos autistas, sugere com freqüência o diagnóstico de surdez. Crianças com surdez congênita podem manifestar comportamentos autísticos, mas quando submetida ao aprendizado de comunicação gestual perde estas características de comportamento, enquanto crianças autistas, mesmo com limiares audiométricos normais, só respondem a sons fracos ou músicas quando bastante cooperativas. Quanto a cegueira congênita, ela é freqüentemente associada a movimentos estereotipados dos braços e das mãos, semelhantes aos do autista, porém esses movimentos são relacionados a estímulos ambientais.

Síndrome de Martin Bell (X- FRÁGIL): É uma síndrome inerente a uma anormalidade do cromossomo X, onde ocorrem características fenotípicas singulares, tais como, rosto comprido e estreito, pés chatos, orelhas grandes e proeminentes, dentre outras. É uma síndrome bastante comum em crianças portadoras de autismo e caracteriza-se por respostas anormais a estímulos sensoriais tais como defensibilidade tátil, hiperatividade e comportamentos agressivos.

Os delírios são falsos juízos da realidade, baseados na proteção – têm a mesma estrutura que as alucinações. Os elementos das alucinações limitam-se a sensações perceptuais, ao passo que os delírios se constroem com idéias mais complicadas e, às vezes, mais sistematizadas. Embora por vezes sejam, como as alucinações, realizações de desejo, é mais comum terem caráter penoso e apavorador. Representando tentativa de substituir as partes perdidas da realidade, é freqüente conterem elementos da realidade repudiada (a qual, no entanto, retorna) e porções de impulsos rejeitados, além de exigências projetadas no superego.

Quem primeiro revelou significado de delírio foi Sigmund Freud.

RESUMINDO: Os delírios, tal qual as alucinações são condensações de elementos perceptivos, idéias, recordações, distorcidas sistematicamente, de acordo com tendências definidas, as quais representam desejos instintivos rejeitados. Os delírios também se podem interpretar como os sonhos, revela a análise, o “cerne histórico” que se distorceu em delírio.

O Transtorno Depressivo Infantil é um transtorno do humor capaz de comprometer o desenvolvimento da criança ou do adolescente e interferir com seu processo de maturidade psicológica e social. A sintomatologia da depressão infantil é diferente da depressão nos adultos, possivelmente devido ao processo de desenvolvimento que existe na infância e adolescência. Os sintomas mais freqüentes da Depressão na Infância e Adolescência costumam ser os seguintes: insônia, choro, baixa concentração, fatiga, irritabilidade, rebeldia, tiques, medos lentidão psicomotora, anorexia, problemas de memória, desesperança, ideações e tentativas de suicídio. A tristeza pode ou não estar presente.

Nas crianças e adolescentes é comum a Depressão ser acompanhada também de sintomas físicos, tais como fadiga, perda de apetite, diminuição da atividade, queixas inespecíficas, tais como cefaléias, lombalgia, dor nas pernas, náuseas, vômitos, cólicas intestinais, vista escura, tonturas, etc. Na esfera do comportamento, a Depressão na Infância e Adolescência pode causar deterioração nas relações com os demais, familiares e colegas, perda de interesse por pessoas e isolamento. As alterações cognitivas da Depressão infantil estão principalmente relacionadas à atenção, raciocínio e memória que interferem sobremaneira no rendimento escolar.

Ballone, GJ – Depressão Infantil – in. PsiqWeb, Internet, disponível em revisto em 2003

Segundo CID 10 (F 60.2) Transtorno de personalidade dissocial é caracterizado por um desprezo das obrigações sociais, falta de empatia para com os outros. Há um desvio considerável entre o comportamento e as normas sociais estabelecidas. O comportamento não é facilmente modificado pelas experiências adversas, inclusive pelas punições. Existe uma baixa tolerância à frustração e um baixo limiar de descarga da agressividade, inclusive da violência. Existe uma tendência a culpar os outros ou a fornecer racionalizações plausíveis para explicar um comportamento que leva o sujeito a entrar em conflito com a sociedade.

Segundo CID 10 (F 60. 4), Transtorno da personalidade caracterizado por uma afetividade superficial e lábil, dramatização, teatralidade, expressão exagerada das emoções, sugestibilidade, egocentrismo, autocomplacência, falta de consideração para com o outro, desejo permanente de ser apreciado e de constituir-se no objeto de atenção e tendência a se sentir facilmente ferido.

A característica essencial do Transtorno da Conduta é um padrão repetitivo e persistente de comportamento no qual são violados os direitos básicos dos outros ou normas ou regras sociais importantes apropriadas à idade, por um mínimo de seis meses (CID 10).

Esse transtorno, quando em seu maior extremo, produz violações importantes das expectativas sociais apropriadas à idade do indivíduo e, portanto, é mais grave que as tradicionais travessuras infantis ou rebeldia normal de um adolescente.

Ballone GJ in. PsiqWeb, Internet, disponível http://www.psiqweb.med.br/infantil/conduta.html

Segundo CID 10 (F 60.3) Transtorno de personalidade caracterizado por tendência nítida a agir de modo imprevisível sem consideração pelas conseqüências; humor imprevisível e caprichoso; tendência a acessos de cólera e uma incapacidade de controlar os comportamentos impulsivos; tendência a adotar um comportamento briguento e a entrar em conflito com os outros, particularmente quando os atos impulsivos são contrariados ou censurados. Dois tipos podem ser distintos: o tipo impulsivo, caracterizado principalmente por uma instabilidade emocional e falta de controle dos impulsos; e o tipo “borderline”, caracterizado além disto por perturbações da auto-imagem, do estabelecimento de projetos e das preferências pessoais, por uma sensação crônica de vacuidade, por relações interpessoais intensas e instáveis e por uma tendência a adotar um comportamento autodestrutivo, compreendendo tentativas de suicídio e gestos

Entende-se por deficiência auditiva a diminuição da capacidade de percepção normal dos sons, sendo considerado surdo o indivíduo cuja audição não é funcional na vida comum, e parcialmente surdo, aquele cuja audição, é funcional com ou sem perda auditiva . A alteração da função auditiva de ordem quantitativa e/ou qualitativa pode ser classificada, levando-se em consideração os seguintes fatores :

A) O momento em que ocorre

· Pré-natal— se ocorre durante a vida gestacional
· Peri-natal—se ocorre durante o nascimento
· Pós-natal—se ocorre após o nascimento


B) A origem do problema

· Hereditária
· Não hereditária

C) O local onde ocorre

· Sistema condutivo

Qualquer interferência na transmissão do som desde o conduto auditivo externo até a orelha interna ( cóclea). A orelha interna tem capacidade de funcioamento normal, mas não é estimulada pela vibração sonora. Esta estimulação poderá ocorrer com o aumento da intensidade do estímulo sonoro. A grande maioria das deficiências auditivas condutivas pode ser corrigida através de tratamento clínico, cirúrgico ou protetização.

Sistema sensorioneural

Ocorre quando há uma impossibilidade de recepção do som por lesão das células ciliadas da cóclea ou do nervo auditivo. Este tipo de deficiência( deficiência auditiva neurosensorial) é irreversível.
Gera também, uma deficiência auditiva mista que ocorre quando há uma alteração na condução do som até o orgão terminal sensorial associada a lesão do orgão sensorial ou do nervo auditivo

Sistema nervoso central

Disfunção auditiva central ou surdez central. Este tipo de deficiência auditiva não é necessariamente acompanhada da diminuição da sensibilidade auditiva e sim da qualidade da discriminação do estímulo.

D) O grau quantitativo da deficiência auditiva

· Leve— de 26 a 40dBNA
· Moderada—-de 41 a 55 dBNA
· Severa— 56 a 70Dbna
· Profunda—- a partir de 71dBNA


O conhecimento precoce das causas determinadoras da deficiência auditiva, seja no adulto, seja na criança permitem a adoção de estratégias mais adequadas no processo da terapia, seja no campo da clínica médica, de reabilitação ou de educação.

” conhecer não é contemplar passivamente mas agir sobre coisas e acontecimentos, construindo-os e reconstruindo-se em pensamento.”

Jean Piaget

Os problemas de aprendizagem que podem ocorrer tanto no início como durante o período escolar, surgem em situações diferentes para cada aluno, o que requer uma investigação no campo em que eles se manifestam.

Para que a criança se desenvolva bem ela precisa de um ambiente afetivamente equilibrado, onde ela receba o amor autêntico e onde lhe permitam satisfazer as necessidades próprias do seu estado infantil. Quando isso não ocorre , inicia-se uma luta entre o ambiente em que a criança vive e as exigencias que ela apresenta, o que fatalmente levará a uma situação de desequilíbrio, possível geradora de comportamentos problemáticos ou até patológicos. Existem inúmeros fatores que podem desencadear um problema ou distúrbio de aprendizagem. Destacamos entre eles:

1) Distúrbios da fala
Todos os problemas que ocorrem na área da linguagem e fala apresentam dois aspectos importantes que se relacionam, tornando-se ora causa ora consequencia: o psicológico( emocional) e o orgânico. São distúrbios da fala:

Mudez, atraso na linguagem, problemas de articulação, problemas de fonação, distúrbios de ritmo, afasias.

2) Distúrbios da escrita

A escrita é uma das formas superiores de linguagem; requer que a pessoa seja capaz de conservar a idéia que tem em mente, ordenando-a numa determinada sequencia e relação. São distúrbios da escrita: Disgrafia, disortografia, erros de formulação e sintaxe.

3) Distúrbios psicomotores

O desenvolvimento psicomotor engloba o desenvolvimento funcional de todo o corpo e suas partes. É através dele que a criança deixa de ser a criatura frágil da primeira infância e se transforma numa pessoa livre e independente do auxílio alheio.
As atividades motoras desempenham na vida da criança um papel importantíssimo, em muitas das suas primeiras iniciativas intelectuais . Enquanto explora o mundo que a rodeia com todos os orgãos dos sentidos ela percebe também os meios com os quais fará grande parte dos seus contatos.

São distúrbios psicomotores: instabilidade psicomotora, debilidade psicomotora, inibição psicomotora, lateralidade cruzada e imperícia.

4) Distúrbios da leitura

A leitura é um processo de compreensão abrangente que envolve aspectos sensoriais, emocionais, intelectuais, fisiológicos, neurológicos, bem como culturais, economicos e políticos. É a correspondencia entre os sons e os sinais gráficos através da decifração do código e a compreensão do conceito ou idéia.

A leitura abrange tanto a visão quanto a audição, pois ela precisa perceber as informações que seu cérebro processará. Se um desses dois canais estiver recebendo a informação de maneira distorcida, a criança apresentará distúrbios na leitura, devido a dificuldade de percepção visual ou auditiva.

São distúrbios de leitura: Dificuldade na leitura oral, dificuldade na discriminação visual, dificuldade na discriminação auditiva, dificuldade na leitura silenciosa, dificuldade na compreensão da leitura e dislexia.

Corresponde a uma situação irreversível de diminuição da visão, mesmo após tratamento clínico e/ou cirúrgico e uso de óculos convencionais. A DV pode ser classificada em leve, moderada, severa, profunda (que compõem o grupo de visão subnormal ou baixa visão) e ausência total da resposta visual (cegueira).

A visão subnormal ou baixa visão caracteriza-se por uma diminuição das respostas visuais, mesmo após tratamento e/ou correção óptica convencional, mas que usa ou é potencialmente capaz de usar a visão para o planejamento e/ou execução de uma tarefa.

Alguns sinais podem caracterizar a presença da deficiência visual na criança, tais como: desvio de um dos olhos, não seguimento visual de objetos, não reconhecimento visual de familiares, baixa aproveitamento escolar, atraso de desenvolvimento. No adulto, pode ser o borramento súbito ou paulatino da visão. Em ambos os casos, são observada vermelhidão, mancha branca nos olhos, dor, lacrimejamento, flashes, retração do campo de visão que pode provocar esbarrões e tropeços em móveis.

As causas mais frequentes da deficiência visual são infecciosas, nutricionais, traumáticas e causadas por doenças como as cataratas. As causas podem ser divididas também em congênitas ou adquiridas.

· Causas congênitas: amaurose congênita de Leber, malformações oculares, glaucoma congênito, catarata congênita.
· Causas adquiridas: traumas oculares, catarata, degeneração senil de mácula, glaucoma, alterações retinianas relacionadas à hipertensão arterial ou diabetes.

Caracteriza-se por um grupo de doenças degenerativas e hereditárias da retina, causadas por inúmeras mutações genéticas, cujo traço comum é a degeneração gradativa das células da retina sensíveis à luz.

Pessoas que são afetadas pela RP sofrem um processo de degeneração dos cones e bastonetes da retina, o que as leva a uma perda de visão noturna e a ter dificuldade de enxergar quando há pouca luminosidade ou claridade excessiva. Perdem também progressivamente a visão periférica, e o estreitamento do seu campo visual pode levar à visão tubular; por isso comumente os portadores da doença tropeçam em objetos no seu caminho ou esbarraram em pessos e em objetos fora de seu campo visual. Os sintomas da retinose pigmentar começam a aparecer em geral entre os 10 e os 30 anos.

É uma doença hereditária rara, que se caracteriza pela deposição de lipofuscina ou lipofucsina, pigmento gorduroso auto-fluorescente em neurônios cerebrais, retina e em outros tecidos.

As manifestações clínicas mais importantes são o retardo mental, atraso do desenvolvimento psicomotor, convulsões e perda progressiva da visão, sendo que estas podem iniciar entre os 4 e 6 anos de idade, manifestando-se pela perda da acuidade visual pela retinite pigmentar e redução da capacidade visual com luz brilhante (hemeralopia).

É uma síndrome genética, responsável por 15% dos portadores de atraso mental que frequentam instituições próprias para crianças especiais. A causa da SD é o excesso de material genético proveniente do cromossomo 21. Seus portadores apresentam três cromossomos 21, ao invés de dois, por isto a SD é denominada também Trissomia do 21.

As características clínicas da SD são congênitas e incluem, principalmente: atraso mental, hipotonia (fraqueza) muscular, baixa estatura, anomalia cardíaca, perfil achatado, orelhas pequenas com implantação baixa, olhos com fendas palpebrais oblíquas, língua grande, protusa e sulcada, encurvamento dos quintos dígitos, aumento da distância entre o primeiro e o segundo artelho e prega única nas palmas.